Considerando as denuncias feitas e ao grande debate realizado em plenários deste colegiado, com a produção de relatórios, sobrevoo no local com membros da SEMACE e da atual diretoria, nós, representantes do Comitê de Bacias Hidrográficas do Curu, através da Comissão de Monitoramento e Operação das Águas dessa Bacia, manifestamos nossa recusa quanto a retirada de areia ao longo do leito do rio Curu. Esclarecemos que apesar da autorização dada pelos órgãos responsáveis, sobretudo o Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE que o leito do rio Curu e do rio Canindé já se encontra exaurido para retirada de areia, pois, o seguimentos de usuário próximo das retiradas de areia existentes no rio e ao longo do vale perenizado estão sendo duplamente penalizado, primeiro pela escassez de chuvas na bacia, segundo que essas retiradas de areia comprometem o percurso natural das águas, por muitas vezes barradas, impedindo-as que cheguem ao final do trecho.

Portanto, o CBH CURU faz esse manifesto com base técnica, através de relatórios existentes, feito pela COGERH, e ainda, com os depoimentos de diferentes usuários que se sentem prejudicados com essas retiradas. Motivo pelo qual, conclamamos que essa prática sejam revistas pelos órgãos responsáveis acima citados, no sentido de coibir essa prática, fazendo com que estas retiradas possam acontecer em outros rios, principalmente nos que não são perenizados nem monitorados pela COGERH na bacia do Curu, em prol da conservação das matas ciliares, da preservação ao meio ambiente e da quantidade de água que não deve ser barradas ao longo desse rio, pois, serão utilizadas pelos diversos usos existem.

Presidente do CBH Curu – CE, convertido em Moção aprovada na plenária da Comissão de Monitoramento e Operação do Rio Curu, no último dia 12/03/2013, em Pentecoste, Ceará.

Comitê de Bacia Hidrográfica do Curu